Análises Conjunturais O comércio varejista ampliado goiano registra a quinta taxa positiva do ano, 9,6%

Categoria Pai: Análises Conjunturais
Categoria: PMC - Pesquisa Mensal do Comércio
 
O comércio varejista no Estado de Goiás em agosto de 2011 apresentou resultado positivo, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comércio varejista goiano obteve em agosto um ganho de 8,7% em volume de vendas, acumulando no ano 8,5% e em 12 meses 9,8%. Em termos de receita nominal de vendas o resultado foi de 14,2%, comparado ao mês de agosto do ano 2010, acumulando do ano 13,2% e em 12 meses 14,1%.
Para o Comércio varejista ampliado, que é composto pelos segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção, o incremento no volume em agosto de 2011 em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 9,6%, e no acumulado do ano foi de 10,8% e em 12 meses 13,1%. Em termos de receita nominal de vendas, apresentou um resultado no mês de agosto/11 de 12,0%, superior ao apresentado em agosto de 2010, no ano o acumulado está em 12,9% e em 12 meses, 15,2%.


Tabela 1 - Brasil e Estado de Goiás: Variação do volume de vendas no comércio varejista - 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Segmentos
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No Ano
12       Meses
No    Ano
12       Meses
jun/11
jul/11
ago/11
jun/11
jul/11
ago/11
Comércio Varejista Geral
7,1
7,1
6,2
7,2
8,2
8,2
6,5
8,7
8,5
9,8
Combustíveis e lubrificantes
1,3
0,7
1,6
2,4
3,9
-3,7
-11,8
-7,3
-1,6
1,0
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
2,7
4,6
3,7
4,0
5,0
8,5
8,3
10,1
7,8
7,4
Hipermercados e supermercados
2,6
4,6
3,7
3,9
4,9
8,7
8,5
10,3
8,0
7,6
Tecidos, vestuário e calçados
11,3
1,4
0,9
5,9
7,6
21,0
8,6
6,8
11,4
12,2
Móveis e eletrodomésticos
16,4
21,1
16,9
18,1
17,8
5,5
8,2
11,9
8,9
11,7
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
12,8
10,4
9,3
10,4
11,0
21,8
18,3
15,7
19,5
21,5
Livros, jornais, revistas e papelaria
9,0
6,8
5,2
8,0
11,3
33,3
22,5
15,9
16,1
9,8
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
34,7
16,2
25,3
16,2
18,6
-0,8
-34,9
-17,9
9,3
13,7
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
3,2
2,9
1,7
5,4
7,6
5,3
1,5
3,9
9,2
11,5
Comércio varejista ampliado geral
9,3
7,2
5,3
8,4
9,7
10,1
5,3
9,6
10,8
13,1
Veículos, motocicletas, partes e peças
12,6
7,5
3,7
10,2
12,2
11,8
3,8
9,9
13,4
16,9
Material de construção
13,4
6,4
6,6
10,8
12,0
12,3
8,4
13,5
9,2
10,2
Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio
                Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores
 
O gráfico 1 mostra a média móvel de três meses para volume de vendas, após uma desaceleração na passagem de junho/11 para julho/11, houve recuperação em agosto/11. A média móvel de 12 meses e o acumulado de 12 meses reflete uma leve tendência de queda.
 
 
O gráfico 2 apresenta a média móvel de três meses, em relação à receita nominal, onde é possível observar um ganho marginal em agosto/11 em relação ao mês de julho/11. Observa-se também que a média móvel dos 12 meses e o acumulado nos 12 meses tiveram pequeno ganho no mês de agosto/11. (Gráfico 2).
 
Tabela 2 - Brasil e Estado de Goiás: Variação da Receita Nominal de Vendas no Comércio Varejista - 2011 (Base: Igual mês do ano anterior = 100)
Atividades
Variação (%)
Brasil
Goiás
Variação Mensal
Acumulado
Variação Mensal
Acumulado
No    Ano
12    Meses
No    Ano
12    Meses
jun/11
jul/11
ago/11
jun/11
jul/11
ago/11
Comércio Varejista Geral
12,1
12,5
12,3
12,3
13,1
13,6
11,9
14,2
13,2
14,1
Combustíveis e lubrificantes
10,7
10,8
10,7
10,2
9,7
18,9
9,0
10,5
15,5
12,4
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo
10,4
12,9
13,0
11,7
12,4
16,2
16,3
18,9
15,8
15,2
Hipermercados e supermercados
10,2
12,7
12,9
11,5
12,1
16,3
16,4
19,0
15,9
15,4
Tecidos, vestuário e calçados
20,5
10,0
10,3
14,0
14,9
29,2
15,8
15,3
17,7
17,0
Móveis e eletrodomésticos
12,3
16,0
14,6
14,9
16,2
-1,8
2,3
6,9
3,1
7,7
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
17,4
15,1
13,9
14,6
15,0
24,1
19,6
17,6
21,9
24,1
Livros, jornais, revistas e papelaria
13,7
12,7
10,2
12,4
15,5
36,7
25,7
19,0
18,5
11,9
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação
14,8
-1,0
8,1
0,6
4,3
-2,6
-38,2
-22,3
0,1
1,9
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
9,7
9,5
8,6
11,7
14,1
13,4
9,8
13,5
16,5
18,7
Comércio varejista ampliado geral
11,8
10,0
8,8
11,3
12,7
11,7
8,2
12,0
12,9
15,2
Veículos, motocicletas, partes e peças
9,9
5,1
2,1
8,6
11,1
8,4
2,8
8,3
12,0
16,1
Material de construção
17,5
10,0
10,4
15,2
16,7
18,6
14,4
18,9
15,9
17,5
Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio
                Elaboração: Gerência de Contas Regionais e Indicadores
 
Resultados Setoriais do Comércio Varejista Goiano
Dentre os dez setores observados em relação a volume de vendas, apenas dois apresentaram resultados negativos na comparação com igual período do ano anterior. Sendo assim, merecem destaque a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com crescimento de 15,9%; Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 15,7%; Material de construção 13,5%; Móveis e eletrodomésticos 11,9%; Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 10,1%; Veículos e motos, partes e peças 9,9%; Tecidos, vestuário e calçados 6,8%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico 3,9%. As variações negativas ocorreram em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-17,9%) e Combustíveis e lubrificantes (-7,3%).
O melhor resultado foi obtido pelo segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, com 15,9% em volume e 19,0% em receita nominal. A melhoria do poder de compra da população e a diversificação da linha de produtos ofertados são as justificativas para o bom desempenho desse setor.
O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou uma elevação de 10,1% no volume de vendas em relação ao mês de agosto de 2010, ocasionando uma elevação da receita nominal de vendas da ordem de 18,9%. Esse desempenho é reflexo da melhoria da renda, que incide diretamente sobre os padrões de consumo da população, que demanda produtos de melhor qualidade e em maior quantidade, impactando diretamente na elevação da receita desse setor.
A atividade de comércio de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, apresentou decréscimo no volume de vendas de -17,9% sobre igual mês do ano anterior, com taxa acumulada no ano de 9,3% e nos 12 meses de 13,7%. O desempenho desse setor em Goiás foi inferior ao do País, o qual apresentou excelentes resultados em termos de volume e receita de vendas, ocasionados pelo aumento da massa de rendimentos dos trabalhadores e do crédito, além da popularização dos serviços de informação.
O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos apresentou um acréscimo em volume de 15,7%, superior ao observado no mesmo mês do ano anterior. O incremento da receita foi de 17,6%, no acumulado do ano 21,9% e no período de 12 meses 24,1%. O bom desempenho deste segmento é explicado pelo crescimento da oferta de medicamentos genéricos, que tem um preço mais acessível e tende a crescer com o aumento do poder de compra do consumidor, conjugado à essencialidade do produto.
A atividade de Materiais de construção, que compõe o comércio varejista ampliado, apresentou na comparação entre agosto de 2011, contra agosto de 2010, taxa de 13,5% e no acumulado do ano e 12 meses, 9,2% e 10,2%, respectivamente em termos de volume. Ao comparar a receita, as taxas observadas foram de 18,9%, 15,9% e 17,5% na mesma ordem. O setor vem recebendo forte apoio do Governo Federal por meio dos programas de moradia, e oferta de crédito destinado ao financiamento para obtenção da casa própria, contribuindo para o bom desempenho do setor.
O comércio varejista em Goiás vem apresentando resultados positivos, em agosto de 2011 completou a quinto mês em que o comércio varejista ampliado goiano apresentou resultado positivo. A comemoração do dia dos pais foi um dos fatores que contribuíram para impulsionar as vendas naquele mês, sempre nas datas comemorativas as vendas tendem a aumentar.
Enfim, o crescimento das vendas em Goiás vem se sustentando por um conjunto de fatores, dentre os quais, a expansão do crédito para financiamentos, a ampliação dos prazos de parcelamento, a melhoria do rendimento dos consumidores, essencialmente daqueles de menor poder aquisitivo e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado. É importante destacar que, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), de janeiro a agosto de 2011, o segmento varejista apresentou um saldo de emprego de 7.863 postos de trabalho o que corresponde a 78,2% do total do saldo do setor do comércio e 8,5% de todos os postos de trabalhos gerados em Goiás.
 
Equipe de Conjuntura da Segplan:
Dinamar Ferreira Marques
Eduiges Romanatto
Fernanda Cristina Gomide Pereira
Juliana Dias Lopes
Luciano Ferreira da Silva
Marcos Fernando Arriel
Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha
 
 

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