Análises Conjunturais O crescimento da arrecadação de ICMS em 2006 em Goiás foi de 11,24%

Categoria Pai: Análises Conjunturais
Categoria: Arrecadação Tributária

Utilizando-se dados da Sefaz/Confaz percebe-se que o desempenho da arrecadação do ICMS vem confirmar o da economia goiana como um todo, ou seja, com o crescimento da economia, a produção aumenta e a arrecadação acompanha o cenário. A economia goiana em 2006 cresceu 3,85% (dado preliminar), com saldo de mais de 21 mil empregos formais, bem como crescimento de 21,43% nas exportações. Esses resultados justificam, em parte, o desempenho da arrecadação em 2006, seja de forma direta ou indireta via multiplicador da renda na economia..

Na comparação com 2005, o ano de 2006 apresentou crescimento da arrecadação do ICMS na ordem de 11,24% na média móvel de 12 meses[1]. Esta média também capta a tendência da arrecadação, conforme visualizada no gráfico 2, que desde 2003 apresenta um desempenho crescente.

Fonte: Sefaz

Elaboração: Seplan/Sepin - Gerência de Estudos Especiais

Fonte: Sefaz

Elaboração: Seplan/Sepin - Gerência de Estudos Especiais

Desagregando-se para setores primário, secundário e terciário (gráfico abaixo), este último foi o que teve melhor desempenho em relação ao ano de 2005, crescimento de 9,99%. O setor secundário ficou praticamente estável com 2,18% e o setor primário foi o que teve desempenho desfavorável, ou seja, decréscimo de 17,7%. Este desempenho negativo reflete problemas enfrentados pelo setor, especialmente nas safras de 2004/2005 e 2005/2006.

Dentro do setor terciário tiveram destaque o comércio atacadista, com crescimento de 20,94% na média de 12 meses, comércio varejista (11,51%), transporte (8,26%), comunicação (7,73%) e outros valores (19,83%).

Fonte: Sefaz

Elaboração: Seplan/Sepin - Gerência de Estudos Especiais

A arrecadação do setor de petróleo, combustíveis e lubrificantes flutua ao redor de uma média de R$ 80 milhões (ver gráfico abaixo). Apesar de apontar um crescimento em relação a 2005 de 14,15% na média móvel de 12 meses, esta taxa é fortemente afetada pela arrecadação dos meses de novembro e dezembro de 2006. Assim, não é possível fazer uma inferência mais a longo prazo porque estes dois meses afetam fortemente a tendência da arrecadação.

Fonte: Sefaz

Elaboração: Seplan/Sepin - Gerência de Estudos Especiais

Quanto ao IPVA, sua arrecadação apresentou crescimento de 16,29% em relação ao ano de 2005. Sua tendência de crescimento vem se sustentando ao longo dos anos (gráfico abaixo), refletindo o crescimento da demanda do setor de veículos, motores, partes e peças. Este crescimento de demanda está diretamente relacionado com a facilitação do crédito e aumento da massa salarial da economia. Um fator menos importante, mas que contribui nesse sentido, é a política de isenção do IPVA no primeiro ano da compra de veículos novos. Contudo, a arrecadação aponta na direção de ter um comportamento mais favorável do que o da renúncia fiscal.

Fonte: Sefaz

Elaboração: Seplan/Sepin - Gerência de Estudos Especiais

Quanto à participação dos setores em relação ao total da arrecadação do ICMS, percebe-se estabilidade ao longo dos anos (Gráfico 6 abaixo). Em 2006 o setor primário apresentou queda, mas que pode ser explicada pelas dificuldades enfrentadas pela agricultura como preços baixos, custos elevados e barreiras ao crédito. Como esse setor tem característica de maior elasticidade da produção, dependendo da conjuntura que se apresenta ano a ano, também a arrecadação flutua mais ano a ano. Ainda, pode-se inferir que o setor terciário vem apresentando participação crescente desde 2003 sem, contudo, os outros setores perderem participação significativa. Isso é um indicativo de que o setor é quem está mantendo ou puxando o montante da arrecadação para cima. Já que os setores primário e secundário se mantêm com certa estabilidade.

Fonte: Sefaz

Elaboração: Seplan/Sepin - Gerência de Estudos Especiais

Equipe de Conjuntura da Seplan:

Dinamar Ferreira Marques

Eduiges Romanatto

Marcos Fernando Arriel

Maria de Fátima Mendonça Faleiro Rocha



[1] A média móvel de 12 meses engloba sempre a média dos últimos doze dados divulgados. Assim, ao incluir o mês atual e excluir o mês mais distante, percebe-se o movimento ou tendência da média ao longo do tempo. Assim, ela apresenta essa vantagem em relação às medidas de períodos mais curtos que são de ordem mais conjuntural. Se ela subir significa que os últimos dados estão puxando a média para cima, sendo a recíproca verdadeira.

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